Os Estados Unidos vão decidir se o republicano Donald Trump se mantém na Casa Branca ou se, pelo contrário, dá o seu lugar ao democrata Joe Biden.

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Joe Biden está cada vez mais próximo de chegar à Casa Branca e destituir Donald Trump. São 50 estados da América onde estão a terminar as contagens dos votos, restam apenas algumas horas para que seja eleito um vencedor. Há quem diga que pode até demorar semanas.

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São já quatro os distritos ganhos pelos democratas: Arizona, O segundo distrito congressional de Nebraska, Michigan e Wisconsin. Destritos estes que foram conquistados por Trump em 2016 e que Biden conquistou em 2020. Sendo que Donald Trump não consegui aliciar nenhum dos estados ganhos por Hillary Clinton em 2016.

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Joe Biden recebeu já mais votos do que qualquer outro candidato à presidência na história das eleições nos EUA. Batendo o anterior recorde, que pertencia a Barack Obama, de 69,498,516 em 2018. O democrata ultrapassou já os 70,000,000. Trump ultrapassou já o seu recorde pessoal de 2016, está com 68,000000 – mais do que Obama conseguiu em 2012.

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Qualquer um deles necessita de ter 270 votos eleitorais para ascender à presidência. O democrata Joe Biden lidera a contagem dos votos, mas a margem é curta e o sentido destas eleições ainda poderá inverter-se. Donald Trump conquistou vitórias importantes em Estados como o Texas, a Florida e o Ohio. A noite eleitoral norte-americana poderá transformar-se numa longa “semana eleitoral”. É este o cenário que está, agora, em cima da mesa, numa altura em que ainda falta apurar votos em Estados que são decisivos para este escrutínio e cujos resultados não deverão ser conhecidos até sexta-feira.

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Na Câmara dos Representantes, uma das duas câmaras do Congresso, estão em causa 435 lugares.

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Desde janeiro de 2018 que a Câmara é controlada pelos democratas, com 232 mandatos contra os 197 dos republicanos, que controlam o Senado. São necessários 218 lugares para controlar a Câmara dos Representantes.

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A confusão surge porque a capital dos Estados Unidos da América, Washington D.C. não é um estado, mas sim um distrito federal, sendo que o D.C. se refere a District of Columbia. Embora o Distrito de Columbia pague impostos ao governo federal norte-americano, não tem qualquer representação na assembleia.

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Existe ainda um 51º estado, Porto Rico. Mas este é um caso ainda mais particular. Embora jurídica e politicamente ligado aos Estados Unidos, o país não tem representação na assembleia e não tem direito a votos e por isso mesmo os seus cidadão não pagam impostos. Isto porque há muitos anos, quando Porto Rico era ainda uma colónia britânica, durante a Guerra da Independência, houve alguém que se lembrou de expressar a frase “não há tributação sem representação”. E esse ideal durou até aos dias de hoje.

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Através destas diferenças conseguimos entender melhor o ponto de vista de cada um deles:

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SAÚDE

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Trump - O republicano não apoia o Obamacare e disse que ia propôr um plano de susbstituição, o que, até agora, não aconteceu. A administração de Trump apresentou um pedido ao Supremo Tribunal para deitar a baixo Obamacare. Entretanto, a maioria do Partido Republicano da assembleia aprovou a nomeação da juíza conservadora Amy Coney Barrett para o Supremo Tribunal.

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Biden - O democrata, que foi vice-presidente de Barack Obama, não só tem defendido o plano de saúde implementado na sua vice-presidência como criticado regularmente Trump pelos seus ataques ao programa. O candidato acusou Trump de ter nomeado a conservadora Amy Coney Barrett para o Supremo com o objetivo de eliminar o Obamacare em plena pandemia. Biden disse ainda que quer melhorar o Obamacare e dar a oportunidade a mais pessoas de escolherem um seguro de saúde público. A campanha do democrata defende que os imigrantes ilegais tenham também a possibilidade de aceder a um programa de saúde, sem receberem um subsídio.

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EDUCAÇÃO

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Trump - O republicano rejeita a ideia de propinas gratuitas, associando esta medida a uma "agenda socialista". Por outro lado, apoia a utilização de verbas federais para que os alunos possam ingressar em universidades privadas.

 

Biden - O democrata defende que as propinas devem ser gratuitas para as famílias que ganhem menos de 125.000 dólares  (cerca de 105.000 euros) por ano. Biden põe-se a “vouchers” do governo para as escolas privadas.

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ECONOMIA

 

Trump - O presidente norte-americano implementou, durante o seu mandato, uma ambiciosa reforma fiscal que descreveu como um plano “para a classe média e para o emprego”. Esta reforma incluiu um grande corte na taxa de impostos das empresas: a taxa de impostos para as empresas diminuiu de 35% para 21%.

 

Biden - O democrata já fez saber que irá aumentar alguns dos impostos que foram alvo de cortes no mandato de Trump, mas que tiveram outros custos, nomeadamente a nível ambiental. Biden disse que vai subir a taxa de impostos para as empresas de 21% para 28%.

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JUSTIÇA

 

Trump - O republicano tem sido um defensor da pena de morte ao longo dos anos e apoia ainda a utilização de prisões privadas. O líder norte-americano também defende o pagamento da fiança judicial e até o fim da liberdade provisória sem pagamento de fiança.

 

Biden - Biden, por sua vez, é contra a pena de morte e quer reunir esforços para acabar com o pagamento da fiança judicial.

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Em breve saberemos o resultado...